Por que é necessário transferir os religiosos estigmatinos
Iniciamos o ano de 2017 com muitas novidades nas paróquias Estigmatinas. Algumas com novos párocos outras com novos vigários. A alegria de receber um sacerdote na paróquia não supera a saudade deixada por aqueles que partem. Geralmente nos perguntamos “por que precisam mudar assim? Quando nos acostumamos com um sacerdote, ele é transferido e precisamos nos readaptar com o outro que chega”.
Muitas vezes não sabemos as razões ou os critérios dessas mudanças, por isso, vamos entender um pouco com a ajuda do Superior Provincial, o responsável pelos Religiosos Estigmatinos no Brasil (Província Santa Cruz) e consequentemente o responsável pelas transferências.
Redação: Pe. Ovidio, a ano de 2017 começa com algumas novidades em relação à transferência de religiosos estigmatinos em nossas paróquias. Qual o motivo destas mudanças?
Pe. Ovidio: O espírito de mobilidade faz parte da vida dos religiosos e a própria missão de Jesus assim nos ensina. Quando os discípulos querem permanecer num mesmo lugar o próprio Jesus lembra que é preciso seguir adiante.
Redação: Tem um tempo mínimo ou máximo para um religioso (padre ou irmão) ficar em uma paróquia? Este tempo é igual para os párocos e os vigários?
Pe. Ovidio: Nossas regras falam de até 6 anos, mas pode ser um pouco mais ou menos dependendo das necessidades do momento.
Redação: Quais são os critérios usados na hora de mudar um religioso para outra paróquia?
Pe. Ovidio: Em primeiro lugar a necessidade da Congregação em cada momento, também se procura ver as características de cada comunidade e as qualidades pessoais de cada sacerdote.
Redação: Porque é necessário mudar?
Pe. Ovidio: As mudanças ainda que pareçam doloridas em algum momento, certamente ajudam a crescer, tanto ao padre quanto à comunidade. As mudanças ajudam a evitar a acomodação e os novos desafios trazem sempre oportunidade de crescimento.
Redação: Os Religiosos Estigmatinos aceitam bem as transferências?
Pe. Ovidio: Em geral são bem aceitas e vistas como necessárias, o lado humano pesa bastante, mas é preciso compreender a mudança como parte da própria missão.
Redação: Como Superior Provincial, qual a mensagem que o senhor deixa para os leigos que sofrem com as transferências de seus pastores?
Pe. Ovidio: O sentido é sempre aquele de que todos que participam da vida da paróquia nos vários trabalhos pastorais não o fazem em vista de uma pessoa ou de uma amizade, mas sim pelo chamado que receberam do próprio Cristo. E no que diz respeito à amizade ela vai continuar sempre independente de onde o padre esteja.
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