Congregação dos Sagrados Estigmas De nosso senhor Jesus CristoPresente no Brasil desde 1910
Província Sta. Cruz

Por que os padres são transferidos de uma paróquia para outra?

Por que os padres são transferidos de uma paróquia para outra?

Uma conversa com o Superior Provincial Pe. José Ovídio da Costa

Iniciamos o ano de 2017 com muitas novidades nas paróquias Estigmatinas. Algumas com novos párocos outras com novos vigários. A alegria de receber um sacerdote na paróquia não supera a saudade deixada por aqueles que partem. Geralmente nos perguntamos “por que precisam mudar assim? Quando nos acostumamos com um sacerdote, ele é transferido e precisamos nos readaptar com o outro que chega”.

Muitas vezes não sabemos as razões ou os critérios dessas mudanças, por isso, vamos entender um pouco com a ajuda do Superior Provincial, o responsável pelos Religiosos Estigmatinos no Brasil (Província Santa Cruz) e consequentemente o responsável pelas transferências.

 

Redação: Pe. Ovídio, a ano de 2017 começa com algumas novidades em relação à transferência de religiosos estigmatinos em nossas paróquias. Qual o motivo destas mudanças?

Pe. Ovídio: O espírito de mobilidade faz parte da vida dos religiosos e a própria missão de Jesus assim nos ensina. Quando os discípulos querem permanecer num mesmo lugar o próprio Jesus lembra que é preciso seguir adiante.

Redação: Tem um tempo mínimo ou máximo para um religioso (padre ou irmão) ficar em uma paróquia? Este tempo é igual para os párocos e os vigários?

Pe. Ovídio: Nossas regras falam de até 6 anos, mas pode ser um pouco mais ou menos dependendo das necessidades do momento.

Redação: Quais são os critérios usados na hora de mudar um religioso para outra paróquia?

Pe. Ovídio: Em primeiro lugar a necessidade da Congregação em cada momento, também se procura ver as características de cada comunidade e as qualidades pessoais de cada sacerdote.

Redação: Porque é necessário mudar?  

Pe. Ovídio: As mudanças ainda que pareçam doloridas em algum momento, certamente ajudam a crescer, tanto ao padre quanto à comunidade. As mudanças ajudam a evitar a acomodação e os novos desafios trazem sempre oportunidade de crescimento.

Redação: Os Religiosos Estigmatinos aceitam bem as transferências?

Pe. Ovídio: Em geral são bem aceitas e vistas como necessárias, o lado humano pesa bastante, mas é preciso compreender a mudança como parte da própria missão.

Redação: Como Superior Provincial, qual a mensagem que o senhor deixa para os leigos que sofrem com as transferências de seus pastores?

Pe. Ovídio: O sentido é sempre aquele de que todos que participam da vida da paróquia nos vários trabalhos pastorais não o fazem em vista de uma pessoa ou de uma amizade, mas sim pelo chamado que receberam do próprio Cristo. E no que diz respeito à amizade ela vai continuar sempre independente de onde o padre esteja.